Crítica: Os Vingadores (The Avengers, 2012)

Direção: Joss Whedon
Roteiro: Joss Whedon
Com: Robert Downey Jr., Chris Evans, Mark Ruffallo, Scarlet Johansson




  Nesta sexta (1 de Novembro) já chega aos cinemas o aguardado ''Thor: O Mundo Sombrio''! Obviamente, o Pipoca Review vai trazer a crítica do filme provavelmente logo no dia da estreia, e como preparação, trago aqui a crítica da aventura anterior do Deus do Trovão, o gigante ''Os Vingadores''. Hoje, já consagrado e campeão de bilheteria, ''The Avengers'' é um deleite cinematográfico para qualquer nerd que lê o mínimo de quadrinhos (como eu), trazendo o espírito da HQs, e sendo uma diversão durante toda a sua projeção. Conseguindo ser épico, nostálgico e incrível, ''Os Vingadores'' é até agora, o melhor filme da Marvel Studios, mesmo que Whedon cometa alguns erros, considero o filme, em termos de diversão, um ''Indiana Jones'' ou ''De Volta Para o Futuro''(porém inferior) de nossa época (ao lado da franquia Star Trek de J.J. Abrams).


  Tudo bem, há erros visíveis na obra de Joss Whedon. Sua direção, comete alguns deslizes como no exagero, destaque para a patética cena em que Loki coloca o cetro em seu coração e o mundo em sua volta muda completamente. Os primeiros 15 minutos, aliás, são bem fracos eu diria. Não tem um clima épico e empolgante que deveria, e parece mais um filme bobinho e exagerado por parte da direção, do que um verdadeiro filmaço que ele se tornaria. E algumas cenas se tornam difíceis de engolir (como a inicial da Viúva Negra).


  Porém, de resto o filme se sai muitíssimo bem. O roteiro de Whedon consegue se equilibrar perfeitamente entre todos os heróis, ninguém rouba a cena, mas ao mesmo tempo ninguém é deixado de lado. Claro, sempre há nosso favoritos, particularmente me empolguei muito com o divertidíssimo Tony Stark, com suas piadas sensacionais, e ainda achei sensacional a maneira que trataram o Capitão América, um dos meus personagens preferidos dos quadrinhos da Marvel. Todos os personagens, obviamente, muito bem em seus papéis. Downey Jr. esbanja carisma como de costume, Chris Evans faz um ótimo Cap.América, Mark Ruffallo talvez seja o melhor Hulk até agora, e Chris Hemsworth se prova ótimo como Thor, personagem que veremos na próxima aventura.


  Mas há em ''Os Vingadores'' um grande orgasmo nérdico, temos batalha épicas de referências sensacionais. O terceiro ato, inteirinho em New York em uma sequência de dar inveja á Michael Bay, é digna de aplausos. Temos cenas de lutas fantásticas, entre elas: Thor vs. Homem de Ferro vs. Capitão América (sim, já da para imaginar o nível de empolgação) ainda uma excepcional entre Thor e Hulk, e outra ótima de Viúva Negra vs. Gavião Arqueiro.


  O vilão Loki se sai bem, tendo piadas ótimas e uma boa presença, sendo interpretado muito bem por Tom Hiddlestone. Os aspectos técnicos obviamente não decepcionam, com um design de produção fantástica (a nave é linda) e uma ótima trilha sonora, dando uma música-tema aos Vingadores


  No geral, é quase impossível ''Os Vingadores'' decepcionar alguém, é um grande triunfo para a Marvel Studios, que antes desse filme só havia realmente acertado com Homem de Ferro 1 e 2 (principalmente o primeiro). O filme fecha a fase 1 da Marvel de maneira brilhante, e agora estamos em meio da fase 2. Começou ao meu ver, muito bem com ''Homem de Ferro 3'', filme que dividiu opiniões, e sexta a aventura continua com ''Thor: O Mundo Sombrio'', que pelo menos até agora, os fãs que já viram o filme prometem que a sequência não vai desagradar nem um pouco.


NOTA: 9- EXCELENTE


 

Crítica: Tá Chovendo Hambúrguer 2 (Cloudy with a Chance of Meatballs 2)

Direção: Cody Cameron, Kris Pearn
Roteiro: Judi Barrett, Ron Barrett
Com: Anna Faris, Bill Hader




  Em um ano de animação com o excelente ''Universidade Monstros'', o divertidíssimo ''Meu Malvado Favorito 2'',e o fraco ''Turbo'', ''Tá Chovendo Hambúrguer 2'' não se destaca e se figura em um degrau abaixo da animação com minions. Tem um visual arrebatador e com isso a qualidade da animação se figura fantástica, porém, apresenta uma trama divertida que não se importa em nenhum momento em tocar o público ou causar qualquer sentimento, além de é claro conter qualquer tipo de deslize no roteiro visto hoje em qualquer animação que não seja da Pixar. O resultado ? uma boa experiência que vale o ingresso.


  Começando segundos depois do primeiro filme, ''Tá Chovendo Hambúrguer 2'' conta a história de um protagonista que, após salvar sua cidade, tem uma chance de trabalhar na Live Corp com seu ídolo: Chester VV, enquanto eles tem um plano de ''limpar'' a cidade que foi contaminada pelos estragos do primeiro filme. Porém, os planos de Chester são maiores e vão fazer com que a amizade do grupo principal se acabe.


  Abrindo com um rápido resumo do primeiro filme, devo dizer que esta animação tecnicamente é simplesmente perfeita. Sim, perfeita. É um daqueles filmes que valem o ingresso apenas por ter um visual tão fantástico que te faz ficar tonto no cinema. Além disso, o design de produção é fenomenal ao criar a cidade dos comidanimais, uma das criaturas mais sensacionais que já vi no cinema, e que salvam o filme. O animadores criam os movimentos dos personagens que lembram muito o design de videogames, com movimentações rápidas e dinâmicas. Se já havia fica deslumbrado com a qualidade visual de ''Universidade Monstros'' e principalmente ''Meu Malvado Favorito 2'', o novo longa supera e tem a melhor técnica (entre as animações), do ano.


  Narrativamente, porém, o filme não vai muito longe. Temos inúmeros personagens irrelevantes que só servem para jogar frases clichês, além de conter um protagonista simpático, mas em nenhum momento surpreendente ou muito interessante, o máximo que o personagem atinge é conseguir carregar o filme. Como se não bastasse, o roteiro contém soluções fáceis para ter seus baixíssimos 1h20 de filme, além de clichês atrás de clichês.


 O riso, é outra coisa difícil de encontrar aqui, em nenhum momento a animação te faz gargalhar, e são raríssimas as vezes que o público solta uma risada. Infelizmente, outro ponto fraco da produção é o 3D, que em alguns momentos consegue dar alguma profundidade, mas só em alguns, pois não temos nada ''jogado em nossa cara'' e nenhum momento realmente bacana em que o 3D realmente seja bem utilizado, o máximo que a obra atinge com a terceira dimensão, é definição.


  Mesmo com toda essa série de problemas, ''Tá Chovendo Hambúrguer'' não é um filme ruim, e consegue divertir por contar uma história bacana e interessante, em que os comidanimais conseguem ser um grande triunfo, e o visual, a melhor qualidade do filme. Espero então, a terceira parte, que ao menos consiga ser tão divertida quanto essa, porém que preste mais atenção no roteiro.


NOTA: 6- MEDIANO

 


 

E finalmente saem as primeiras críticas de ''Thor: The Dark World''!

                                                       




  Finalmente, hoje (23/10/13) saíram as primeiras impressões de um dos blockbusters mais aguardados de 2013, a continuação da Marvel ''Thor: O Mundo Sombrio'', dirigido por Alan Taylor (Game of Thrones).


  A imprensa americana teve acesso ao filme alguns dias atrás, é só tiveram autorização para falar sobre hoje. O que vocês precisam saber de início é que o filme tem duas cenas pós-créditos, mas vamos direto ao ponto: estão elogiando ou atacando ? Felizmente, elogiando. A verdade é que esse filme parece que não vai se diferenciar de algumas outras produções da Marvel, afinal, os críticos dizem que é um filme divertido, romântico e engraçado. Bem, devo dizer que por ter o diretor de ''Game of Thrones'', esperava que o filme tivesse uma pegada mais épica, ao melhor estilo da série ou de Senhor dos Anéis, mas parece que, mesmo competente, o filme ainda vai cair no velho problema da Marvel de ter piadinhas demais e esquecer a seriedade.


  Mas ainda sim, as críticas empolgam. O filme se encontra com aprovação de 82% das críticas, tendo uma boa parcela de notas 4/5 ou 8/10, mas nenhuma crítica dá nota máxima á Thor 2 (5/5 ou 10/10). Parece que veremos um filme bem divertido e empolgante do deus da Marvel, mesmo que não chegue muito longe.


 
                                                    


''Thor: O Mundo Sombrio'' chega no dia 1 de Novembro nos cinemas, com estreia antecipada de 30 de Outubro no IMAX. Agora, resta assistir e tirar suas próprias conclusões!

Crítica: Os Suspeitos (Prisoners, 2013)

Direção: Denis Villeneuve
Roteiro: Aaron Guzikowski
Com: Hugh Jackman, Jack Gyllenhaal, Viola Davis







   
  



  Bem, logo no início dessa crítica, já devo estragar a surpresa: o suspense/drama de Denis Villeneuve não é só o melhor filme do ano (sim, é superior á Gravidade, Rush, Star Trek,...) como também um dos melhores filmes de detetive dos últimos anos. Utilizando a maneira David Fincher de fazer cinema (aliás, desde 'Se7en', nunca vi um suspense tão elaborado) ''Os Suspeitos'' é uma obra-prima do gênero que consegue não só ter uma história genial, como também um clima fantástico e que remete ao título original do filme: Prisioneiros, afinal, se alguns personagens se encontram literalmente presos, todos estão sem dúvida presos emocionalmente e em suas mentes.


  Na trama, em uma festa de ação de graças duas famílias se encontram para celebrar o dia, porém, quando as duas filhas garotinhas saem para brincar, elas desaparecem e os personagens são inceridos em um terror psicológico imenso. O principal suspeito fica preso por um dia porém é solto por não haver provas contra ele, com isso, Keller Dover (Hugh Jackman) se revolta e...bem, não posso contar mais que isso, seria estragar o filme.


  Talvez, o que mais me impressione em ''Os Suspeitos'', seja seu roteiro. Além de tudo se encaixar com perfeição no final do filme, encaixando um quebra-cabeça da maneira que todos os outros suspenses deveriam fazer,''Os Suspeitos'' cria um mistério intrigante de quem é o verdadeiro causador do sequestro até o momento em que finalmente descobrimos. O roteiro ainda conta com momentos absolutamente brilhantes e totalmente inesperados, que não só me fizeram soltar um grande suspiro na sessão, como fez grande parte da sala de cinema gritar. Feito de momentos chocantes que abalariam qualquer um, ''Os Suspeitos'' não se sustenta em apenas isso, como também apresenta personagens interessantíssimos.


  Vemos Dover (Jackman) como um sujeito interessantíssimo, que se proprõe á tomar decisões desumanas e inacreditáveis, porém, ainda sim vemos sue sofrimento á fazer aquilo, e suas ações são bem justificadas em um momento desesperador como aquele. Em contrapartida, Gylenhaal surge como Loki, um detetive mal compreendido por todos que ao mesmo tempo vemos que é muito esforçado, sente o peso de ver uma família perder um filhor, e é sem dúvida, interpretado basicamente com perfeição.


  Se Hugh Jackman é extremamente competente e mais uma vez brilhante em sua carreira ao interpretar seu personagem, e Viola Davis faz uma mãe triste de maneira exemplar, quem ao meu ver, rouba completamente a cena é Jake Gyllenhaal, compondo o personagem mais difícil do filme, e sendo o ator mais competente do longa. De trilha sonora ótima, ajudando a criar bons climas de tensão, ''Os Suspeitos'' tem como diretor de fotografia o já mestre Roger Deakens (Operação Skyfall é seu trabalho mais recente), investindo em uma paleta escura e cinzenta, ajudando a compor o clima de tristeza vivído pelos personagens em ''Prisoners''.


  Como se não bastasse, ''Os Suspeitos'' ainda conta com um diretor talentosíssimo, que consegue criar um excelente clima de tensão e suspense. A ansiedade de que a pior coisa está por acontecer, é gigantesca, e a preparação que o diretor nos dá ao longo do filme de que uma grande tragédia vai acontecer, é muito grande. ''Os Suspeitos'' ainda é beneficiado por seu figurinista, dando tons escuros para todos os persogens, com cores mais vivas e claras apenas para as crianças raptadas.


  Falhando então, apenas em seus primeiros 20 minutos (ritmo um pouco lento, por ser apenas uma introdução do que estaria por vir), o filme para completar ainda fecha de maneira espetacular, um final polêmico que pode desagradar alguns, mas após pensar um pouco se chega a conclusão que se trata de um desfecho que faz com que o suspense não acabe com a subida dos créditos finais. O filme de Vileneuve consegue ser tão bom, que me fez pensar quantas obras falhas eu costumo a assistir diariamente, enquanto um time espetacular consegue fazer a arte chegar á um patamar desse. Um dos maiores merecedores do Oscar, sem dúvida alguma.


NOTA: 10 - OBRA-PRIMA