segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Crítica: Gravidade (Gravity, 2013)

Diretor: Afonso Cuáron
Roteiro: Afonso Cuáron e Jonás Cuáron
Com: Sandra Bullock e George Clooney



  Na primeira vez que vi ''Gravidade'' infelizmente sai muito decepcionado do cinema. Não que não tenha gostado, mas queria ver muito mais pelo elogios que o filme está recebendo. Por isso, fui correndo no cinema ver de novo, e assim tentar gostar mais. O que só prova que alguma coisa estava errada comigo no dia em que assisti pela primeira vez, pois ''Gravidade'' é sim, um espetáculo. Mesmo tendo um roteiro um tanto superficial, o diretor Afonso Cuáron transforma essa superficialidade em um clima tenso, de medo e de esperança.


  O diretor, cuja filmografia vi apenas ''O Prisioneiro da Azkaban'' (ótimo), faz aqui um trabalho maravilhoso de direção. Seus planos-sequências são de aplaudir de pé de tão incríveis e sensacionais. O uso da câmera subjetiva é igualmente incrível, e algumas movimentações de câmera, como por exemplo quando ela entra no capacete de Ryan e se transforma em uma câmera subjetiva sem cortes perceptíveis, são fenomenais. A pena é que, mesmo que competente, o roteiro não chega a ser tão grandioso, contendo uma história muito simples e de poucos simbolismos, mesmo que ainda seja bem escrito.


  Porém, ''Gravidade'' ainda apresenta aspectos técnicos incríveis, tanto como visualmente como de som. A trilha sonora é pesada e tensa, e no final do filme com temas mais bonitos. A fotografia já é merecedora de Oscar, e efeitos visuais são um dos melhores já feitos. Ainda tem um design de produção fantástico, juntamente com sua mixagem de som.


  Mas o que realmente encanta em ''Gravidade'' é forma jamais vista que seu diretor faz o filme, os seus planos-sequências gigantescos no espaço transformam esse filme em um novo triunfo para o cinema. Temos ainda outra que merece indicações ao Oscar: Sandra Bullock está fantástica, ela oscila entre o medo e a esperança, e seu personagem é construído de maneira ótima pelo roteiro. George Clooney está divertidíssimo no papel, e seu personagem dá conta do alívio cômico do filme.


  ''Gravidade'' é então, uma nova forma de fazer cinema, e também um grande exemplo de aonde o áudio-visual pode chegar. Mesmo Ryan Stone já tendo perdido tudo, ela sempre recusa a desistir, e isso é a grande lição do filme, esperança. Temos então a esperança de ver outros filmes assim no cinema.

NOTA: 9-EXCELENTE

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