sábado, 18 de janeiro de 2014

Crítica: O Lobo de Wall Street (The Wolf of Wall Street, 2013)

Direção: Martin Scorsese
Roteiro: Terence Winter
Com: Leonardo DiCaprio, Jonah Hill, Matthew McCounaghey





  E a jornada começou. Os filmes que estão concorrendo ao Oscar chegam aos cinemas nesta temporada, obviamente, um dos principais concorrentes, ''Gravidade'', chegou alguns meses antes, mas o restante bate na porta dos cinemas brasileiros em Janeiro e principalmente Fevereiro. O primeiro que temos a oportunidade de assistir é o mais novo longa do icônico cineasta Martin Scorsese, estou falando é claro, de ''O Lobo de Wall Street'', a obra mais absurdamente fantástica que está em cartaz. Com um humor exagerado (e isso é um dos maiores acertos do filme), o filme nos proporciona uma sessão de diversão absurda, encabeçada pela atuação exuberante de Leonardo DiCaprio, em um de seus melhores trabalhos.


  Baseado em fatos reais, o roteiro injeta um humor excessivo no longa com boas piadas e situações absurdas. Assim, o diretor Martin Scorsese poucas vezes investe em um drama ou em uma história mais ''séria'', ele está sempre apostando no simples divertimento do espectador e na risada excessiva deste. Além do mais, o diretor conduz planos com movimentações rápidas, em alguns momentos uma câmera lenta, close-ups nos atores, entre outros recursos. Tudo isso para construir esse tom sensacional do filme, sempre com a comédia e o exagero.


  Da mesma maneira que a montagem ajuda muito na construção de um clima bem dinâmico para o filme, o que é um decisão muito, muito acertada (e permita-me reclamar de esnobada do Oscar ao não indicar este filme na categoria de Melhor Montagem). E o roteiro além de apresentar as situações mais sensacionais e as cenas mais memoráveis possíveis, tem ainda diálogos fantásticos, e não só nas piadas. Porém, não é completamente perfeito, infelizmente, o filme tem situações demais (algumas bem desnecessárias), e alguns personagens que não chegam nem aos pés do carisma dos protagonistas. O que ajuda ao filme ter uma duração, assim como o próprio filme, bem exagerada. Facilmente, ao menos 20 minutos do filme poderiam ter sidos cortados de ''O Lobo de Wall Street''.


  Estes erros, porém, acabam pouco importando quando prestamos atenção nas fabulosas atuações. Leonardo DiCaprio está absolutamente espetacular no filme, melhor ainda do que em ''Django Livre'' e ''O Grande Gatsby'', dando a loucura necessária ao personagem, é um trabalho nada menos do que memorável. Jonah Hill, indicado também ao Oscar, é outro que cria um personagem divertidíssimo, assim como Margot Robie, com uma personagem que um apelo um apelo mais dramático para o longa. E é claro, não podia faltar a menção para a participação de cerca de 10 minutos com Matthew McConaughey, que em tela é simplesmente fantástico.


  ''O Lobo de Wall Street'' é o tipo de filme que te deixa com um sorriso no rosto durante toda projeção, que te faz gargalhar a cada 5 minutos, e que fica na mente quando termina. Scorsese prova que, mesmo com 71 anos, tem a agilidade de um jovem cineasta, e que chega a mais uma indicação de Melhor Diretor, em que diria que não seria um absurdo sair uma vitória para o veterano diretor. Porém, temos ainda que esperar chegarem os próximos filmes premiados, para assim, ver ser ''The Wolf of Wall Street'' ainda se sobressai.


NOTA: 9,0




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