Crítica: O Poderoso Chefão (1972)

  Demorou, mas finalmente assisti a O Poderoso Chefão ! Um dos filmes que eu mais queria ver, e o favorito de muita gente. A obra-prima de Copolla e o clássico dos anos 70.

 

                                                
















  Já na primeira cena, Copolla deixa bem claro que tipo de filme ele está fazendo. No diálogo inicial já temos a certeza de que uma das obras mais complexas do cinema está por vir. Um diálogo excelente que já nos revela muito de como Don Corleone é. Aliás, o diretor gasta 30 minutos de seu filme apenas para apresentar seus personagens,alguns conceitos desconhecidos pelo espectador, e o quanto sombria é a família Corleone, o quanto seu chefe se importa mais do que tudo, com sua família.

 
 E tenho que falar logo de início, sobre a atuação mais antológica que já vi na minha vida. Marlon Brando como Don Corleone da uma aula de como atuar. Usa seu tom de voz para demonstrar que já está desgastado, e além de tudo, faz um personagem que ama sua família, que enxerga seus filhos e sua mulher como a coisa mais importante de sua vida. E que sente o peso ao descobrir, que seu filho está morto, ou que agora faz parte da máfia, coisa que Don Vitto nunca quis. Todas as cenas que aparece, o ator rouba totalmente a cena, e mesmo que Al Pacino esteja excelente no papel, Brando não da chances.
 

  Agora em termos de direção, não é surpresa pra ninguém saber que Francis Ford Coppola faz um dos filmes mais bem dirigidos de todos os tempos. Tudo ajuda a contar a história. Pegamos por exemplo, o figurino. Enquanto todos da família Copolla usam cores escuras (pretos e cinza), os que não são da sombria família, usam cores alegres. Temos a prova disso com o produtor de cinema, e Kay. Aliás é super interessante notar que a cada cena que aparece, as cores do figurino de Kay vão ficando mais escuros,pois ela vai sendo jogada nessa família, e ao final do filme, onde ela já vira uma Corleone, suas vestes são cinza, não sobrou mais felicidade nela.


  Não só isso, mas o filme mesmo com 3 horas de duração nunca é cansativo. Tudo bem, o filme pode ter uma pequena quebra de ritmo quando Michael vai á Itália (e essa minha única ressalva a fazer), mas graças ao diretor temos climas de tensão, momentos emocionantes e diálogos memoráveis.


  Como já falei, essa é uma das obra mais complexas do cinema, ou seja, o roteiro é brilhante. Nesse filme você encontra um diálogo da mais alta qualidade, e situações excelentes. A relação entre as famílias, e o envolvimento com drogas é introduzindo de maneira genial, e ainda temos diversas das falar mais conhecidas do cinema.

  O Poderoso Chefão é um filme completamente indispensável para qualquer amante do cinema. Aqui temos as melhores atuações, diálogos, situações e cenas de ação excelente. Tudo isso juntamente com uma montagem espetacular e uma emoção incrível. Uma lição de relação entre família e de como alguém pode se corromper ao crime, Copolla nos proporciona o melhor filme de máfia de todos os tempos.

NOTA:10: OBRA-PRIMA