Crítica: Harry Potter e a Câmara Secreta

  Pouco tempo se passou após o lançamento do (bom, mas não ótimo) ''Harry Potter e a Pedra Filosofal'', novamente com a mesma equipe, de diretor até o elenco, ainda entraram novos nomes. E com alegria digo que o segundo filme desta grandiosa saga da um imenso avanço em relação ao primeiro filme, e nos apresenta um longa que corrigi alguns erros do antecessor  e mantém seus acertos. O resultado é um filme que mesmo não sendo o ideal quando se trata de um adaptação de Harry Potter, ainda sim consegue ser muito eficiente.

                           
                                          



  Como eu já disse, ''A Câmara Secreta'' conta com o mesmo elenco do filme anterior, e é ótimo perceber como o trio principal cresce. Principalmente Radcliff, que consegue dar um grande avanço em relação ao primeiro filme, e demonstra estar infinitamente mais a vontade no papel. Grint continua ótima e Watson ainda  exagerada, apesar de eficiente. O resto mantém a qualidade, os três professores principais ainda impressionam pelo excelente atuação, mas quem realmente se destaca é um sangue novo para a franquia: Kenneth Branagh, interpretando Lockhart. Sua atuação é super divertida, e todas as cenas em que aparece consegue tirar risos do espectador, além de encarar perfeitamente o sujeito que é uma fraude e também totalmente metido. Infelizmente Isaacs como Lucio Malfoy decepciona aqui com seu personagem caricato.

  O roteiro de Kloves continua fiel ao livro e sem grandes decisões corajosas, que como eu falei na crítica do primeiro filme, particularmente considero um defeito o filme estar parágrafo á parágrafo igual ao livro, sem criar nada de novo. Mas o roteiro é mais seguro neste filme, apesar de não ter nada de muito especial, ao menos adiciona umas cenas de ação inéditas do livro, e também é bem sucedido por apenas tratar de uma história fantástica criada por Rowling, que te prende até o final.

  A direção de Columbus também apresenta uma evolução, o diretor não deixa o filme cansativo em momento algum, além de usar toda sua técnica de maneira excelente, apresentando cada detalhe ao espectador. Ele também utiliza a trilha de John Willians (praticamente idêntica á do primeiro filme) de forma muito satisfatória, algo que não ocorreu no filme anterior. Não só isso, mas também consegue criar um excelente clima de tensão, algo em que ''A Pedra Filosofal'' falhava imensamente, as cenas que envolvem a câmara secreta conseguem ser ''aterrorizantes'' e tensas. Porém, nesse filme volta o velho problema do tom episódico, e as imensas 2h40 poderiam ter facilmente trinta minutos a menos, a cena do quadribol por exemplo, por mais que seja muito bem dirigida, é longa demais e inútil para a trama principal.

  E é claro, que não poderia deixar de comentar os aspectos visuais, que na minha opinião são o grande acerto desse filme. Além de um fotografia fenomenal, cheia de cores vivas e bonitas, e com uma iluminação incrível, temos também uma direção de arte de aplaudir de pé, tudo o que você imagina lendo o livro está lá da forma mais perfeita possível, A Toca por exemplo, é um lugar magnífico em que percebemos a riqueza de detalhes que ''A Câmara Secreta'' pode nos proporcionar. E o diretor consegue aproveitar esse visual de maneira incrível, capturando cada detalhe possível.

  ''A Câmara Secreta'' é sem dúvida alguma um filme infinitamente melhor que o antecessor. E Columbus deixa sua marca na série de maneira ótima, já que a partir de terceiro filme entram outros diretores, e sua impressão final pelos fãs é excelente e vão ficar saudades de um novo filme dirigido pelo diretor.


NOTA: 8-MUITO BOM