sábado, 27 de julho de 2013

Crítica: Wolverine Imortal (The Wolverine, 2013)

Fato: ''Wolverine Imortal'' é infinitamente melhor que ''X-Men Origins: Wolverine'' lançado em 2009. E isso por si só já estaria bom, afinal, o motivo desse novo lançamento é o fato de que o público rejeitou o filme anterior, assim o novo longa iria devolver a dignidade do personagem. Mas ai está a grande surpresa: a competência de James Mangold e a força de atuação de Hugh Jackman são tão grandes, que transformaram um filme que tinha grandes chances de fracassar, em não só um ótimo entretenimento mas também em um dos melhores filmes de ação do ano. E ainda com uma pequena cena depois dos créditos que vai te deixar louco pela sequência do ano que vem:''Dias de um Futuro Esquecido''.


Na trama, que se passa após X3, Logan está perdido por matar o amor de sua vida: Jean, quando Yashida, um milionário japonês, manda Yukio para levar o mutante até o Japão, e lá agradecer por salvar a sua vida anos atrás. Mas Yashida não quer apenas agradecer, e Wolverine é obrigado a proteger a jovem Mariko, a ''moçinha'' da história.


O roteiro, se sai extremamente bem em criar um drama muito forte ao personagem,inserindo um tom sombrio ao filme (este é o filme mais pesado da franquia) além de criar uma relação amorosa entre Logan e Mariko que flui muito bem ao longo do filme. Como se não bastasse, o trio de roteiristas nunca deixam de inserir o humor necessário para um filme de quadrinhos, e sempre na hora certa (diretíssima para Homem de Ferro 3), assim temos bons climas de tensão, drama, romance, e de comédia. Além disso, temos boas decisões dos roteiristas, ver o mutante não se regenerar ao longo do filme é interessantíssimo, pois não temos mais a sensação de que ele é invencível, além de alguns personagens novos carismáticos, destaque para Yukio.


Mas infelizmente, falta carisma para os vilões, mesmo que suas motivações sejam boas e é criado um mistério sobre que é o verdadeiro antagonista da história, quando eles aparecem isoladamente em tela, há uma quebra de ritmo imensa. Não só isso, mas o roteiro também falha em construir tanto um drama em cima do personagem de Wolverine, que esquece de desenvolver a história do filme, com isso ''Wolverine Imortal'' acaba sendo prejudicado.


Porém, a direção de James Mangold é extremamente eficiente, as cenas de ação são muito bem coreografadas e empolgantes. A sequência do trem por exemplo, tinha medo que ficasse absurda, pelo contrário, está entre as melhores cenas de ação do ano aqui. O diretor também aproveita muito bem suas 2h de duração, nunca deixando o filme cansativo.


E não podia deixar de comentar também, sobre a atuação de Hugh Jackman, que pra mim ao lado de Reeve (o eterno Superman) é a melhor personificação de um herói para as telas, e aqui alcança o seu auge.


De uma forma geral, ''Wolverine Imortal'' mantém o ótimo nível de filme de heróis lançados em 2013, e entrega um dos melhores filmes da franquia (Primeira Classe ainda dá um banho em qualquer outro X-Men). E um aviso: fiquem um minutinho após os créditos, pois acreditem, no final deles há a melhor cenas pós-créditos de todos os tempos. Sim, a melhor. Wolverine Imortal... não morre no final. Ainda mais com um filme desses !



NOTA: 8-ÓTIMO

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