quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Crítica: O Incrível Hulk (The Incredible Hulk, 2008)

Direção: Louis Leterrier
Roteiro: Zak Penn
Com: Edward Norton, Liv Taylor





  ''O Incrível Hulk'' foi o segundo filme da Marvel Studios, após o excelente ''Homem de Ferro''. O primeiro filme do nosso querido monstro verde, foi lançado em 2003 por Ang Lee (As Aventuras de Pi). Um filme que, mesmo lembrando alguns aspectos dos quadrinhos, era simplesmente mal executado e desinteressante, além de ser um belo desastre de bilheteria. Infelizmente, o reboot não mostrou muito a que veio, surgindo como um mero filme de ação incrivelmente mal dirigido, e que, se não fosse o talento e a garra de Edward Norton, poderia ser até um desastre.


  É realmente uma pena que após de um início fantástico como o de ''Homem de Ferro'', o estúdio se atrapalhou tanto adaptando o gigante Hulk. O filme tem sim uma construção psicológica em cima de Bruce Banner incrível, mas isso, é basicamente graças ao ator. Em torno disso, temos uma produção e um estúdio atrás de um filme de ação repleto de bobeira e preguiças. Até mesmo nas cenas de ação ''O Incrível Hulk'' falha. As sequências são simplesmente entediantes, incluindo seu clímax na batalha contra o Abominável. O vilão, aliás, é formado as pressas apenas para chamar mais atenção ao público. Mas parece que não deu muito certo, visto que o filme foi um fracasso igualmente ridículo ao filme de 2003.


  O primeiro ato, no Rio de Janeiro, só não é desastroso graças a Edward Norton, pois consegue ser chato de uma maneira incrível. ''O Incrível Hulk'' já abre com uma prova de que o diretor Louis Leterrier consegue jogar numa lata de lixo um bom roteiro, ao fazer uma sequência de acontecimentos corridos com uma fotografia toda embaçada nos dando a impressão de que estamos assistindo á uma novela da Rede Globo. A fotografia é sem cor e sem graça, nunca apostando em paletas diferenciadas para ajudar a contar a história, nem mesmo quando Bruce Banner sem transforma em Hulk.


  As transformações, aliás, carecem de drama, se tornando em apenas sequências visuais do que dramáticas, que é o que realmente deveria ser, ora, se trata de um homem comum se transformando num monstro! Em contrapartida, o Hulk em si, é bem feito para os padrões da época, e até mesmo em seu design, mostrando bem um monstro descontrolado que a versão de 2003 não conseguiu mostrar. Mas sem dúvida alguma, o maior mérito do filme se baseia em Edward Norton, seu personagem e suas escolhas. O que tira ''O Incrível Hulk'' da zona de podridão, é justamente o momento em que Banner decide entre ser um herói ou se salvar. E essa é a grande ideia em ser um super-herói, vemos isso em Batman, Homem-Aranha, Superman, e agora aqui: o sujeito se sacrifica para salvar a vida das outras pessoas. Sem contar que Norton faz um trabalho esplêndido aqui.


  Contando com uma trilha sonora fraquíssima, ''O Incrível Hulk'' tem também um elenco interessante, além de Norton, é formado pela ótima e maravilhosa, musa, diva, (tudo bem, chega) Liv Taylor. Mas outro personagem que deixa a desejar é o Coronel Ross, não trazendo uma figura ameaçadora ou fascinante, o personagem surge apenas como desinteressante. Ao menos, a segunda metade do longa é melhor por ser mais ágil e acontecer mais coisas, mas não deixa de ser meio brega com os plano-objetos excessivos do diretor transformando um drama em uma filme de ação genérico.


  Portanto, é triste ver que Hulk ainda não recebeu o tratamento que merece em seus filme solo. Ao menos em ''Os Vingadores'' o personagem se dá bem, mas Banner merece um filme só seu. Se não fosse Edward Norton e seus talento impecável, me desculpem, mas ''O Incrível Hulk'' seria intragável.

NOTA: 5,5


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