domingo, 3 de novembro de 2013

Crítica: Thor - O Mundo Sombrio (Thor: The Dark World, 2013) (II)

Direção: Alan Taylor
Roteiro: Christopher Yost, Christopher Markus, Sthepen McFeely
Com: Chris Hemsworth, Tom Hiddlestone, Natalie Portman





  Como prometido, trago aqui a minha segunda crítica de ''Thor: O Mundo Sombrio'', e dessa vez uma merecedora e que faz jus ao filme. Na minha primeira assistida, fui com uma companhia digamos não muito boa para cinema, já na segunda fui com um amante de cinema, e dessa vez curti bem mais o longa. Pensem em ''Homem de Ferro'' (2008), um filme que funciona completamente sozinho mas que faz inúmeras referências ao Universo Marvel e que trata de assuntos posteriores desse universo. E que, além disso, é uma aventura ótima de tirar o fôlego. Bem, ''Thor - O Mundo Sombrio'' funciona igualmente bem. É uma aventura épica, engraçada, divertida e empolgante - ou seja, tudo o que o primeiro filme tentou ser.


  Antes de mais nada, visualmente Thor 2 é o melhor filme da Marvel. Asgard está perfeita, e aliás, ainda mais bem retratada do que Krypton de ''O Homem de Aço''. As cores do planeta são admiráveis de tão belas, e todo núcleo da realeza ganha destaque, e as relações entre esse núcleo continuam muito bem exploradas. Os Nove Reinos, aliás, são explorados de maneira excelente, dessa vez o público realmente sai da sessão com conhecimento sobre a mitologia nórdica.


  O design de produção aliás, além da Asgard perfeita, pega elementos de ''Prometheus'', ''Senhor dos Anéis'' (os primeiros minutos do filme lembram muito), ''Star Trek'' (a nave do vilão) e até Harry Potter. Os efeitos especiais são ótimos, e não atrapalham nem um pouco a fotografia, que não deixa de ser linda. A trilha sonora em alguns momentos decepciona, mas a música-tema criada para o Deus do Trovão é ótima, e o tema do vilão também é bem ameaçador. Vilão, aliás, que decepciona como a maioria dos antagonistas da Marvel, que em nenhum momento parece que realmente vai fazer algo de terrível, e contém um objetivo besta e clichê - devolver a escuridão ao universo, palmas para a originalidade.


  O nosso protagonista Thor, ganha realmente o status que deveria. Ele é realmente um vingador incrível, e a partir de agora um dos maiores heróis do cinema, com a ótima atuação de Chris Hemsworth, que nesse filme consegue chegar ao ápice de sua interpretação como o Poderoso Vingador. Porém, quem rouba a cena completamente é Loki. O vilão - que nesse filme quase nem chega a ser um -  é engraçado, sádico, mal e fascinante, ainda puxando um gancho incrível para Thor 3. E, é claro, Tom Hiddlestone está sensacional.



                                    



  O filme ainda tem um tom épico necessário quando se trata de um longa de um Deus. As batalhas são de tirar o fôlego - destaque para o clímax - e pelo fato do filme se passar a maior parte de Asgard, o nível de grandiosidade fica gigantesco. A Terra também não é deixada de lado, o equilíbrio entre os outros planetas e Midgard - a Terra - é ótimo, evitando o erro do filme anterior. E é no nosso planeta que existe o maior número de piadas, envolvendo principalmente Darcy (Kat Dennings) e Erik Selvig, que parece que pirou de vez. O humor aliás, é muito bom. Não chega a ser tão engraçado quanto em ''Homem de Ferro 3'', mas evita os erros desse filme do ferroso ao inserir as piadas na hora errada. Os alívios cômicos surgem na hora certa sem quebrar a tensão e o drama.


  Mas infelizmente, o filme não deixa de ter erros. Há uma quebra de ritmo no momento em que Jane (Natalie Portman, excelente aliás) vai investigar um lugar, e em que lá começa a trama do filme. Essa quebra de ritmo se estende até a chegada de Jane é Asgard, ou seja, dura no mínimo uns 15 minutos. Mas é claro, o resto do filme compensa e muito. Há também uma certa preguiça do roteiro, em que vários fatos vão ocorrendo com uma coincidência e ocasionalidade absurda, puro desleixo dos escritores.


  Porém, ''Thor - O Mundo Sombrio'' é sem dúvida alguma um dos maiores triunfos da Marvel até o momento, e também, uma das maiores surpresas do ano. Dessa vez, a Marvel conseguiu realmente trazer a sensação de quando lemos algum quadrinho dos estúdio, ou seja, o filme é diversão pura - e das melhores.


NOTA: 8,0


 


 
 

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